Em aposta arriscada, Banco Central diz que moderação do gasto do governo (às portas do ano eleitoral) ajudará a conter inflação
Para uma instituição que ainda procura recuperar a credibilidade da política de controle da inflação, o Banco Central fez uma aposta arriscada: decidiu se associar às promessas oficiais de austeridade no gasto público.
A nova tese foi divulgada hoje, na tradicional linguagem cifrada, pela ata que explica a decisão da semana passada de elevar os juros de 8,5% para 9% ao ano. Até então, os documentos do BC vinham dizendo que o aumento contínuo das despesas do governo alimentava a escalada dos preços.
Em seu jargão peculiar, a instituição dizia, até julho, ver “o balanço do setor público em posição expansionista”. Em outras palavras, que os gastos públicos em salários, programas sociais, custeio administrativo e investimentos crescem mais rapidamente que a oferta nacional de bens e serviços.
Na ata divulgada na manhã de hoje, o texto mudou: “Criam-se condições para que, no horizonte relevante para a política monetária, o balanço do setor público se desloque para a zona de neutralidade”.
Não se menciona que condições seriam essas. Mas, de julho para cá, o Ministério da Fazenda, defensor da estratégia de elevar despesas do governo para estimular a economia, passou a prometer algum aperto nas contas do Tesouro Nacional. Coincidência ou não, o ministro Guido Mantega disse que a política fiscal é “neutra”.
A mensagem da Fazenda, não acompanhada por providências visíveis, foi recebida com ceticismo geral. Primeiro, porque é tarde para mudar alguma coisa neste ano; segundo, porque a campanha eleitoral de 2014 já está informalmente em andamento.
Os gastos federais estão crescendo aceleradamente desde o ano passado, quando somaram R$ 805 bilhões, sem contar os juros da dívida. Se considerados os 12 meses encerrados em julho, a conta já subiu para R$ 863 bilhões.
O aumento das despesas não serviu para reanimar a economia do país, que há três anos caminha lentamente. Mas ajuda a preservar o que talvez seja o principal trunfo político da administração petista: os níveis ainda historicamente altos de emprego e renda.
Não é polido dizer tão claramente em documentos oficiais, mas o objetivo da alta dos juros do BC é segurar a inflação enfraquecendo o mercado de trabalho. Com crédito mais apertado, as vendas caem e as empresas contratam menos _ou demitem. Trabalhadores passam a aceitar salários mais baixos e empresários reduzem preços para se livrarem dos estoques.
Ou, na retórica do BC: “Não obstante sinais de moderação, o Comitê [de Política Monetária] avalia que a dinâmica salarial permanece originando pressões inflacionárias de custos”.
Esses caras ganham para fazer essas bobagens?
Em outras palavras, se correr o PT pega se ficar o PT come, é mole, estamos Fu…
Duvido que esse governo corte gastos, a única preocupação é o poder, e não a estabilidade e desenvolvimento.
eu estava trabalhando no banco centrl por uma empresa tercerizada, fiquei apenas uma semana e fui mandada embora. oque acontece com o Brasil? que pessoas que precisam de um emprego perdem porque eles tem que economizar com o nosso salario. sou de Curitiba e estou indignada com oque aconteceu.
Que fizeram com p BACEN?
Bom senhores, passando a limpo tudo chegamos a triste conclusão que;
1-)Teremos inflação
2-)Teremos desemprego
3-)Não teremos Investimentos para o desenvolvimento e modernização da nossa Industria
4-)Não teremos os Investimentos justos para as necessidades dos Sistemas de: Saúde; Educação;Infraestrutura e Sustentabilidade.
5-)Os corruptos e não corruptos continuarão impunes roubando;gastando; livres e desimpedidos, rindo em nossa cara.
6-)A carga tributaria continuará cada vez maior
7-)A Justiça lavando as mãos frente as injustiças, corrupção e delinquência
😎 Renato Ruso “Que país é este”
É NOSSO BRASIL QUE ESTÁ PEDINDO A GRITOS, BASTA, BASTA, TEMOS QUE USAR NOSSO ÚNICO PODER-VOTO- VOTAR COM CONSCIÊNCIA E INTELIGENCIA.
A mentira tem pernas curtas. O BC inventou mil coisas para esconder a verdadeira causa do aumento da inflação brasileira que se sabe, historicamente, sempre originou-se no descontrole do gasto público. Estudos da inflação brasileira provaram essa verdade incontestável.
O comentário de Carlos Eduardo Bermúdez Bernat, é exatamente o que vai acontecer no Brasil. Eu sou economista e acompanho a situação toda. Grato pela publicação. Raul Weidmann
Por que não fazem auditoria do maior gasto público, que é o imoral gasto com os juros da alegada dívida interna. Lá vem mais corte sobre a saúde, educação e sobre o já arrochado salário da maioria dos servidores públicos