Orçamento da Prefeitura de São Paulo é moedor de reputações
Não é coincidência que, além do petista Fernando Haddad, praticamente todos os prefeitos de São Paulo nas últimas duas décadas tenham fechado seu primeiro ano de mandato com taxa de rejeição superior à de aprovação popular.
Estão nessa lista Paulo Maluf (1993), Celso Pitta (1997), Marta Suplicy (2001) e Gilberto Kassab (2007). A exceção é José Serra, que deixou o mandato iniciado em 2005 para concorrer ao governo do Estado.
Além dos desafios naturais da administração de uma grande metrópole, a prefeitura enfrenta uma estrutura orçamentária que é um moedor de reputações.
Trata-se de uma combinação de endividamento excessivo, carga tributária elevada e poucos recursos disponíveis para ampliar programas sociais e obras públicas.
Herança da administração de Paulo Maluf nos anos 90, a dívida paulistana é, de longe, a maior entre as grandes cidades do país e supera os limites máximos fixados na legislação.
Na última medição, em agosto, ela chegava a R$ 62,5 bilhões, o equivalente a 185% da receita anual do municípios. Segundo a lei, dívidas acima de 120% da receita impedem a tomada de novos empréstimos.
As principais forças políticas da cidade têm responsabilidades na disparada da dívida. Ver “A dívida de SP em dez frases para mesa de bar”.
Com uma conta alta de juros a pagar e sem possibilidade de tomar financiamentos, a prefeitura tem pouca margem para expandir as obras de melhoria urbana.
Em ranking elaborado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), São Paulo aparece em um modesto 12º lugar entre as capitais que destinam maior parcela do Orçamento aos investimentos.
Resta a saída impopular de elevar impostos, como Haddad fez com o IPTU. Mas São Paulo já é a capital com a maior carga de tributos municipais por habitante. Veja o ranking elaborado pelo blog com os cem municípios mais populosos.
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E poste tem reputação por acaso? E vazador do ENEM? E petistas que estão há onze anos aí enquanto a educação básica é relegada ao lixo? Reputação é pra quem pode, não pra quem quer. E não se constrói com campanha publicitária.
Eles deviam leiloar os terrenos nobres que possuem. Além de abaterem suas dívidas estes imóveis começariam a gerar IPTU. Tanto a PMSP como o Estado possuem excelentes imóveis.