Ainda “nervosinho”, mercado reduz previsão para poupança do governo neste ano
A despeito dos recentes anúncios oficiais de arrecadação recorde e melhora das contas federais no final de 2013, aumentou o pessimismo de analistas e investidores em relação ao controle dos gastos públicos neste ano de eleições.
Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central mostra que, para bancos e consultorias, a poupança para o abatimento da dívida pública em 2014 será equivalente a 1,4% da renda do país, o menor patamar desde que o programa de ajuste fiscal foi iniciado em 1999.
Ao longo do mês passado, as estimativas oscilavam entre 1,45% e 1,5% do Produto Interno Bruto.
Os dados mostram que foi pouco efetiva a divulgação, feita na última sexta-feira pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), de que o governo havia cumprido, com alguma sobra, a meta de poupar R$ 73 bilhões no ano passado.
Na ocasião, o ministro disse que pretendia “acalmar os nervosinhos” do mercado.
A pesquisa do BC mostra que, naquele dia, o mercado já estava elevando as projeções para o saldo de 2013, de 1,7% para 1,78% do PIB, considerando também os resultados estaduais e municipais. Ao mesmo tempo, caía a expectativa para este ano.
O governo só conseguiu cumprir a meta do ano passado com um improviso de última hora: a reabertura do programa que oferece vantagens para o pagamento de dívidas em atraso com a Receita Federal.
As despesas continuaram em alta acelerada, o que tende a se acentuar com o calendário eleitoral. Já os truques para a elevação de receita estão se esgotando. E ainda não há meta fixada para este ano.
A Fazenda, portanto, pode ter conseguido a formalidade de atingir o saldo anunciado, mas isso não se traduz em melhora das expectativas entre os que tomam as decisões de investir, contratar e fixar preços.
A expansão dos gastos públicos, que alimentam o consumo, tem impulsionado as projeções do mercado para a inflação, que se aproximam dos 6% neste ano. Quem espera inflação maior costuma antecipar a elevação de seus preços.
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Daqui até o mês de outubro tudo que puder ser feito pela oposição em prol do descrédito da condução do Brasil pelo governo petista, será feito com certeza. Talvez esses “nervosinhos” devam mudar-se para a Espanha como fez o Clóvis Rossi e aprender assim como ele que as coisas não são como querem os muitos ricos brasileiros que adoram ver pobre infeliz, pois assim sentem-se total e completamente felizes com tudo que o Brasil produz em seus caixas.
O governo faz mágica nas contas públicas, maquia dados e fala que o mercado está nervosinho?? ora!! mostre transparência, mostre idoneidade, mostre respeito a contratos que o mercado não irá ficar “nervosinho”.
Depois da “desova” bilionária dos últimos anos, que o BNDES lançou ao mercado, nada mais certo que a inflação vai continuar aumentando. O interessante é que nem o sistema tributário consegue conter as receitas para suprir o gasto público. A irresponsabilidade do governo PT, que utiliza os cofres públicos nas campanhas eleitorais, traz à tona este desiquilíbrio econômico. O volume de dinheiro que está sobrando por aí, puxando o preço de produtos bases da economia, deixa todo o cenário incerto. Os investidores externos vão afastar o crédito pela instabilidade e os super ricos do ramo imobiliário, que já estão bem alimentados com o dinheiro da tendência da massa, que insiste em investir em imóveis, estes, serão os primeiros “testas de ferro” da crise econômica. Foi tarde!! Vamos esperar o governo dar seus pulos irremediáveis..
1. Prezado ,
Poderíamos considerar que nesse período de 2009 a 2013, após crise subprime, ocorre no Brasil uma situação de dominância Fiscal, dado os estímulos fiscais que estimulam um crescimento da demanda superior ao crescimento da oferta. E que o BC, via política monetária passiva, continuará a ter dificuldades em alcançar o centro da mete inflacionária 4,5% a.a, mesmo com a taxa de juros voltando aos dois dígitos? Caso possas me responder, agradeço-lhe. Sucesso.
Cordialmente, SALES.
Sales,
Dominância fiscal é um conceito teórico difícil de identificar na prática, a não ser em casos extremos em que o Banco Central simplesmente sanciona a inflação necessária para financiar os gastos do governo. No caso brasileiro atual, parece mais seguro afirmar que as políticas fiscal e monetária estão em conflito, a primeira tentando expandir a demanda, e a segunda tentando contrair. É verdade que o BC nem sequer tenta mais atingir o centro da meta, o que seria um sintoma da dominância fiscal, mas também é verdade que o Tesouro Nacional busca superavits primários suficientes para manter a dívida pública estável ou declinante como proporção do PIB, o que caracteriza a dominância monetária. Obrigado pelos comentários.