Economia não consegue 3 meses seguidos de alta, mostra índice do BC

Dinheiro Público & Cia

A economia brasileira não tem conseguido sustentar uma recuperação mais consistente, na forma de pelo menos três meses consecutivos de expansão.

Divulgada hoje, a nova série do índice de atividade econômica do Banco Central mostra que o padrão tem sido de um ou dois meses de crescimento interrompidos por um mês de queda -como a mais recente, de 0,31% em novembro.

A sequência enfraquece a tese do governo de que a produção e a renda do país vivem uma retomada lenta, segura e gradual, capaz de permitir um 2014 superior a 2013.

A última vez em que o índice mostrou alta por três ou mais meses seguidos foi no período de abril a agosto de 2012. No ano passado, o nível mais elevado de consumo e investimento foi contabilizado em abril; desde então, a atividade alterna altos e baixos, sem tendência clara.

Fica evidente o contraste entre os resultados da política econômica em 2009/2010, quando o governo reagiu com sucesso aos efeitos da crise econômica internacional, e em 2012/2013, quando se tentou repetir a receita de redução de impostos e aumento do crédito e dos gastos públicos.

Na primeira vez, a economia brasileira, que havia afundado no último trimestre de 2008, cresceu por espantosos 16 meses consecutivos, de janeiro de 2009 a abril de 2010.

Agora, consegue-se manter o desemprego em patamares historicamente baixos, mas com indústria em crise, comércio menos animado e pessimismo de empresários com o futuro.

Não é difícil entender: a intervenção do governo na economia é eficaz em momentos de retração aguda, que paralisam o consumo e o investimento privados. Em momentos assim, a injeção de dinheiro público reativa compras e contratações.

Mas a fórmula não funciona para sempre. Depois de normalizados o emprego e a utilização da capacidade das empresas, a economia precisa de novos investimentos para elevar a capacidade de produção.

Nesse cenário, a continuidade do aumento dos gastos do governo, concentrado em salários e benefícios sociais, tem mais impacto na inflação do que no crescimento da economia.

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Comentários

  1. A economia brasileira não consegue três meses seguidos de crescimento porque ela se baseia em princípios errôneos (intervencionismo estatal, protecionismo, estatismo exacerbado, monopólios, insegurança quanto aos contratos firmados, intromissão governamental nas empresas privadas, maquiagem contábil e aversão à iniciativa privada).

    1. ta de brincadeira em analisar um indicador que tem volatilidade gigante pra dizer que a economia nao cresce.

      eh tao ignorante quanto os analistas do governo

  2. À análise de Jorge Alberto Rodrigues que comenta antes de mim (e que concordo 100%), só acrescento a imprevisibilidade da economia (o que era uma conquista desde 1994, só se cresce com previsibilidade e respeito a contratos) e a mão de obra, cara e desqualificada (e que se acha explorada e excelente).

  3. Concordo plenamente com o Jorge e o João. Porem tudo isso tem como causa um simples fato: Completa, total e absoluta falta de planejamento. incompetencia, incapacidade por estarem presos a politicas antigas e retrogradas socialistas e primarismo dos ditos técnicos do PT e seus coligados. O governo esta repleto de pessoas sem qualificação, visão e conhecimento, para exercer as funciões que exercem.

  4. A presente economia brasileira é fruto da política assistencialista, das leis emocionais, enfim, do Estado que não constitui a força que tem por exemplo.: O uso de sua diversidade em matéria prima, como base industrial. Daniel Jarí.

  5. 1. Prezado sr.,
    Poderíamos considerar que nesse período de 2009 a 2013, após crise subprime, ocorre no Brasil uma situação de dominância Fiscal, dado os estímulos fiscais que estimulam um crescimento da demanda superior ao crescimento da oferta. E que o BC, via política monetária passiva, continuará a ter dificuldades em alcançar o centro da mete inflacionária 4,5% a.a, mesmo com a taxa de juros voltando aos dois dígitos? Caso possas me responder, agradeço-lhe. Cordialmente, SALES.

    1. Sales,

      A pergunta já foi respondida. Por favor, consulte a área de comentários.

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