Disputa por renda explica baixo crescimento do Brasil, diz livro
Um livro lançado no mês passado faz em seu título a pergunta para a qual a presidente Dilma Rousseff não teve resposta nesta semana.
“Por Que o Brasil Cresce Pouco?”, indaga a obra do economista Marcos Mendes, assim como os jornalistas estrangeiros que entrevistaram a presidente na terça-feira (4).
Dilma não soube explicar as fracas taxas de expansão da economia em seu mandato; Mendes, consultor do Senado e especializado em contas públicas, desenvolve uma tese sobre o fraco desempenho do país desde a redemocratização.
Entre 1985 e 2012, como aponta o texto, a renda nacional por habitante cresceu a uma taxa média anual de apenas 1,4%.
Os obstáculos enfrentados pela economia brasileira são conhecidos: infraestrutura deficiente, carga tributária excessiva, juros elevados e educação de má qualidade são exemplos quase consensuais.
O que Mendes procura é a fonte dessas mazelas, e a conclusão é incômoda: as distorções nasceriam da desigualdade social brasileira e das políticas públicas contraditórias dela resultantes.
O livro discorda da narrativa benevolente, acolhida por políticos e estudiosos, de que haveria no país um consenso em torno da necessidade de uma melhor repartição da renda entre ricos, pobres e remediados.
“Há, isto sim, um grande conflito entre os diversos e heterogêneos grupos sociais, cada um tentando obter do Estado mais benefícios, mais proteção regulatória e menor pagamento de tributos. Neste clima de desacordo social, diversas políticas que favorecem alguns grupos, mas prejudicam a coletividade, têm sido postas em prática, travando a eficiência e o crescimento econômico.”
Por esse raciocínio, o mesmo governo que favorece os miseráveis com o Bolsa Família transfere renda aos milionários com empréstimos subsidiados do BNDES, o banco oficial de fomento.
Entre os dois extremos, há também demandas de grupos organizados e influentes como trabalhadores sindicalizados, servidores públicos e aposentados.
O poder político tem conseguido mitigar as tensões resultantes dos conflitos por renda, mas ao custo de estourar as contas do Estado.
A desigualdade tem caído, mas com estagnação econômica que dificulta a superação definitiva da pobreza.
O livro oferece uma hipótese de final feliz: se a desigualdade continuar em queda, a futura predominância da classe média permitirá uma agenda mais consensual.
O governo poderia, nesse caso, se concentrar em prover serviços de mais qualidade em educação e saúde, além de obras de infraestrutura.
Há, no entanto, um risco considerável de que se materialize outra hipótese, a pessimista: por exaustão de recursos públicos e do mercado de trabalho, a desigualdade pode parar de cair, restando o crescimento baixo e o acúmulo de tensões sociais.
As manifestações de rua iniciadas no ano passado seriam um sintoma da primeira ou da segunda hipótese? É uma pergunta que poderia ser feita a Dilma e aos demais presidenciáveis.
POR QUE O BRASIL CRESCE POUCO?
AUTOR: Marcos Mendes
EDITORA: CAMPUS
QUANTO: R$ 59,90
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O maior entrave da nossa economia é a cultura política existente desde de 1808 com a vinda de Dom João para o Brasil !
Prevaricação, Nepotismo, Empréstimos,Corrupção ,analfabetismo, voto de cabresto, eleições …
Precisamos de uma revolução para mudarmos radicalmente este conceito político – Não temos o direito ao voto somente os analfabetos,maiores de de 70 anos e os menores de 18. Estrutura, Educação, Segurança,Habitação, Urbanismo etc virão depois desta revolução para acabarmos com o Câncer Político do Brasil!
A tese abordada na reportagem é interessante e tem fundamento lógico. Como foi dito o governo socorre os pobres e ajuda os ricos a imvestir com juros subsidiados, restando a conta para os remediados. E estes num futuro incerto tambem estarão pobres, fato que desestimula até mesmo o trabalho, pois se for pra ficar pobre um dia pra que se esforçar. Conheço um caso, de uns 50 anos, que se encaixa perfeitamente nessa fundamentação. Se as regras são essas faço apenas a minha obrigação, se for suficiente ou não, não interessa, minha obrigação cumpri.
Como uma país cuja mentalidade é a de se dar bem, pouco importando o que está a seu redor, pode evoluir??? o brasileiro é egoísta, oportunista, metido a malandro, preguiçoso, acomodado, desunido. Não tem como um povo assim ser desenvolvido. educação rígida a todos já, a exemplo de Singapura.
POR QUE OS POLÍTICOS SÃO RELUTANTES QUANTO A APROVAÇÃO DE UM IMPOSTO ÚNICO?
SERÁ QUE PERDERIAM PRIVILÉGIOS?
Imposto único só é vantajoso para quem é rico, pois penaliza de forma muito mais contundente os mais pobres. Essa enganação não existe em nenhum país desenvolvido com altos índices de IDH. Procure saber. Isso é mais uma tentativa da classe dominante de levar mais vantagem do que já leva e ficar ainda mais rica.
… o Brasil cresce pouco porque o brasileiro poupa pouco, só isso!
-acho que o Brasil cresce pouco devido a corrupção dos responsáveis pelo crescimento. Estes setores demandam grana para seus grupos. 1- construção de estradas: com 5 a 6 anos tem que refazer, pois parte da grana foi desviada. 2 – grandes obras ( transposição do São Fco. idem . 3 – Saúde . os políticos responsáveis desviam . Enfim é a corrupção. Os políticos qdo eleitos cuidam de si e seus grupos
O Brasil cresce pouco porque o PT rouba muito. Assim simples.
BRASIL E UMA PIADA MESMO,NEM PRECISA LER LIVRO PRA CONSTATAR O KAOS DESSA ALDEIA.
Um país que tem juízes trabalhistas ganhando 21 mil reais iniciais fora as gratificações ,um legislação trabalhista que virou uma industria aos quais 95 % das ações nos foruns são de microempresas hoje temos a industria Robin hood e a distribuição de renda sendo feita entre os 3 poderes nunca chegaremos a um país de primeiro mundo..Esperto essa turma que tem medo de bater com os sindicalistas nao acham?
o setor publico brasileiro capturou toda a produtividade economica dos brasileiros dos ultimos quarenta anos….Hoje um operário da industria do sul ganha em valores reais o mesmo que há quarenta anos atrás… enquanto o setor publico aumentou sua renda em pelo menos seis vezes….capturando via tributação extorsiva, a renda da industria…
Onde você viu que o setor público melhorou a renda, tem muitos setores de empresas públicas, como Correios e Universidades que no setor privado se ganha mais pela mesma função.
qualquer pessoa mediana sabe que quando um governo expropria 40% da renda para fazer investimento e não o faz, torrando em obras no exterior e gastando os tubos para manter um exercito de desocupados, fatalmente a economia não crescerá….mas se cortar 100.000 empregos de petistas aparelhando a estrutura governamental, diminuir os ministerios para 15 dá pra baixar impostos e fazer a economia deslanchar….a formula preconizada por Lula é apedeuta, ninguem mais suporta pegar dinehiro a credito pagando juros absurdos…
E por quê o “risco Brasil” é tão alto?-Essa questão é importante, pois pela última vez que o Brasil “quebrou” foi nos velhos anos 90 quando o ministro Pedro Malan , era ministro da economia.Nunca param para pensar que países endividados europeus tem um endividamento externo superior, uma economia dezenas de vezes menor que o Brasil, mas um “risco “menor.O Brasil tem problemas , mas ele GERA SUPERÁVITS PRIMÁRIOS.E cumpre a leid e responsabilidade fiscal.Se existe um culpado, e este rating de risco louco inglês(país com dívida de 12 trilhões de doláres), é como se alguém entrasse no SPC, paga-se a dívida , e nunca fosse perdoado.
Nada é mais nocivo ao povo e ao próprio País que má gestão.Um governo que deixa de investir em seu País para investir em uma ilha atrasada que só exporta charuto e banana, por causa de Ideologia, faz me lembrar do Poeta Cazuza,”ideologia eu quero uma pra viver”, mas não para governar.Governar precisa ter um pouco de Raciocínio Lógico,e isso o PT infelizmente não tem.
PT NÃO DÁ MAIS, NINGUÉM AGUENTA MAIS…. CRESCIMENTO BAIXO E ROBALH3IRA.
Crescemos pouco devido a nossa educação que no meu ponto anteriormente era prioridade para quem tinha condições financeiras antes de ser considerada fundamental pela constituição de 1988 e hoje há uma falta de qualidade na educação devido a professores com salários a desejar e jovens sem perspectivas de conseguir empregos com remuneração aceitável devido a como ele é ensinado!
Sem ser economista ou especialista em qualquer assunto, sabemos que politicas corporativistas não atendem o país como um todo. Nos últimos anos, vimos a sociedade ser fragmentada em grupos de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, entidades religiosas, asscoiacões as mais variadas. Cada um destes grupos só consegue enxergar o próprio umbigo e os próprios interesses. Cadê uma política econômica nacional? Cadê um projeto de Nacão, de País, de Estado que contemple todos os brasileiros?
Ótima matéria ! Observa-se uma grande divergência entre os itens contemplados pelas políticas públicas com as reais necessidade e expectativas das Comunidades.
A distorção ocorre com os itens “preferenciais”
escolhidos pelo governo e sua aplicação.
Inclusive os recursos existem mas não geram o retorno esperado. Frustração e oposição crescentes.A conferir……
Titulo sugestivo. Quando penso nas dificuldades brasileiras, sempre me vem à memoria o inicio da nossa colonização e sempre trago à lembrança, a colonização norte-americana e a australiana.
A nossa foi iniciada com a escoria portuguesa e das colonias lusitanas, que aqui foram despejadas para morrer. Ha no brasileiro médio, a sensação de que “não sou daqui e não vim pra ficar”, logo vou aproveitar o máximo. isto explica nosso descaso com nosso pais, nossa falta de civilidade, patriotismo etc.
De fato o nosso passado de colônia de exploração é visto como uma característica cultural que deixa uma chaga até hoje em nossa sociedade. Mas, comparar com a Austrália foi um infeliz exemplo. Ora, referido país foi colônia penal da Inglaterra! Veja bem, diferente daqui (que também mandavam condenados), em 1788 deu-se início a ocupação apenas para a construção de prisões! Assim, acho que o fato de termos sido colônia de exploração (diferente dos norte americanos, que foram colônia de ocupação) é apenas um dos fatores que veio a influenciar na mentalidade cultural do povo que veio a residir.
Acho que esse economista não vive uma realidade mundial adequada.
Não devemos nos comparar com os Brics, e sim com o mundo como um todo.
Senão vejamos:
Não lamente o crescimento brasileiro de 2,3%, o México cresceu 1,1% e que a celebrada recuperação americana ficou em 1,9%. A Espanha enfrentou uma recessão de 1,2 negativos, a Italia ficou em 1,9 negativos também. O melhor crescimento europeu foi a Inglaterra, 1,8%(nossa maior concorrente na disputa pelo tamanho da economia em termos mundiais) . Elogie Angela Merkel sem mencionar que a Alemanha parou em 0,5%.
Assim não podemos lamentar nosso crescimento.Quanto ao resto do livro é só “chover no molhado”. Há séculos sabemos que nossas elites, e mais as que vêm lutam para sugar nossas riquezas, em benefício próprio. (que não temos educação, que não temos infraestrutura adequada e que os recursos de nossa saúde são amplamente roubados por falta de única e simplesmente de gestão, sem falar no “spirit corpus” da máfia de médicos.
Concordo com o sr Carlos Eduardo
A tese está correta e as manifestações começaram quando foi lançada a PEC das domésticas. Quem reclama que aeroporto virou rodoviária se deu conta que o empregado está mais caro e que com o fim da miséria vai deixar de ser o Sr. Doutor. Convocar manifestantes contra a corrupção usando software pirata é contraditório.
Se a desigualdade para de cair é porque deixa de existir !
Sendo o brasileiro viciado em Estado, por maior que seja nossa carga tributária, nunca há recursos para atender a todas as demandas. Há também muita incompetência, falta de pragmatismo, além de corrupção, tudo redundando na péssima infraestrutura física e social do País. Ademais, o governo Dilma e o PT, com seu viés estatizante, ao invés de reduzirem, expandem o Estado, que é sempre lento, burocratizado, dispendidoso; e mais uma vez resulta em falta de recursos.
150 dias de trabalho para pagar impostos.
39 ministérios cabide de políticos.
4.5% correção IR roubo.
Aumento para os aposentados injusto.
Mensalão.
So discordo em uma coisa! Os aposentados nao tem influencia senao nao teriamos essa regra esquizofrenica da previdencia que vc contribui com um valor e recebe outro bem menor ao longo dos anos e nao tem reajuste real do que foinpago.
Vejamos o caso por uma perspectiva de causa e consequência:
Não é preciso muito esforço para se entender que para haver diminuição de desigualdade, necessariamente haveria de ter crescimento econômico.
Logo, o combate a desigualdade no Brasil é feito de forma artificial, pois não gera crescimento econômico.
Pelo contrário, a transferência direta de recursos federais para a conta do beneficiado do Bolsa Família responde pelo maior gasto público do Brasil – comprometendo o equilíbrio fiscal das contas públicas e os investimentos, justamente onde deveriam ser feitos para combater a desigualdade: infraestrutura, reestruturação tributária (fonte de receita do Estado), taxa de juros e principalmente, educação de qualidade.
Ou seja, o diminuição da desigualdade no Brasil é feita às custa do Estado.
O Brasil está se entranhando perigosamente em um caos institucional no qual cada grupo social luta e reivindica apenas de acordo com seus próprios interesses. Vemos atualmente categorias organizadas de profissionais, tais como motoristas, professores, policiais e abastados funcionários públicos de toda a espécie paralisando suas atividades, numa explosão de movimentos grevistas que prejudicam toda uma coletividade em prol de interesses exclusivos e egocêntricos. Nesse contexto corporativista, os mais atingidos são os trabalhadores da iniciativa privada, os quais sofrem com a precariedade dos serviços públicos básicos, a carga excessiva de impostos, o assédio moral dos empregadores e o arrocho salarial. Para piorar sua situação, os operários da indústria e do comércio perderam todo e qualquer poder de mobilização, já que o empresariado aprendeu a dominar e sabotar os sindicatos profissionais através da compra dos dirigentes sindicais mediante propina.
COMPLEMENTANDO:
Ou seja, o diminuição da desigualdade no Brasil é feita às custa do Estado, que, ao combatê-la, compromete investimento nas áreas que a promoveria juntamente com o crescimento econômico.
Ou taxar as grandes fortunas, como a França esta fazendo, mas cade a coragem?
AS PROEZAS DE DILMA
Dilma Rousseff está realizando a proeza de ter um crescimento menor que o do Sarney e do Collor. Em seus quatro anos o crescimento médio do País está em 1,6%. Muito menor que o de FHC, que ela tanto criticava em sua propaganda eleitoral, tal como fazia seu chefete Lula. E Ferenando Henrique, mesmo herdando uma economia toda desorganizada, o País falido, após o fracasso dos seis Planos econômicos anteriores – o Cruzado I e II, o Bresser, o Verão, o Collor I e II – ainda assim seu crescimento anual médio foi de 2,5%, bem maior que o de Dilma. Além disso FHC governou na época das várias crises internacionais, como a crise da Ásia, do México, da Rússia, as três crises argentinas, a crise da Bolsa de NY, tudo repercutindo terrivelmente na frágil economia brasileira. Já na propaganda de Dilma, parecia que o País estava crescendo a 10% ao ano, mais que a China – que não é mais comunista.