Contas do governo fecham janeiro no azul, mas saldo é modesto para o mês
No primeiro mês sob comando do ministro Joaquim Levy (Fazenda), o governo conseguiu poupar para o abatimento de sua dívida, mas o saldo foi modesto para os padrões de janeiro.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26), as receitas do Tesouro Nacional superaram em R$ 10,4 bilhões as despesas com pessoal, custeio administrativo, programas sociais e investimentos.
O resultado é um dos mais baixos para o mês desde o segundo governo Lula, superando apenas o de 2009, quando o país vivia uma recessão. Em janeiro de 2014, ano em que as contas federais fecharam no vermelho, houve superavit de R$ 14 bilhões, em valores corrigidos.
Janeiro é um mês tradicionalmente favorável para o saldo do Tesouro, porque as ações programadas para o ano estão em estágio inicial -ainda mais em inícios de mandatos presidenciais.
Os gastos do mês passado somaram R$ 92,5 bilhões, numa expansão de apenas 2,8% -bem abaixo da inflação- em relação ao período correspondente de 2014. Mas as receitas, prejudicadas pela retração da economia, caíram 0,1% e atingiram R$ 102,9 bilhões.
As contas ainda não refletem os efeitos do pacote de aumento de tributos, anunciado no mês passado, e do corte de despesas ainda a ser definido.
Para recuperar a credibilidade das contas fiscais, o governo Dilma Rousseff fixou a meta de poupar R$ 66,3 bilhões para o abatimento da dívida neste ano -R$ 55,3 bilhões no governo federal e o restante nos Estados e municípios.
A promessa é alvo de crescente ceticismo no mercado, devido à piora da arrecadação e às dificuldades políticas para cortar gastos sociais.
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