Taxa do BC completa período recorde de dois anos em trajetória de alta
A taxa de juros do Banco Central completou dois anos de uma trajetória de alta só interrompida nos cinco meses que antecederam o desfecho das eleições do ano passado.
Trata-se do mais longo período de aperto monetário desde que a Selic, como é chamada a taxa, passou a ser usada como a principal referência da política de juros, em março de 1999.
O aperto monetário começou em abril de 2013, quando a Selic estava em 7,25% ao ano, o menor patamar desde sua criação, em 1986. Na época, a queda dos juros era a principal marca do governo Dilma Rousseff.
De lá para cá, a taxa subiu seis pontos percentuais, o que não acontecia desde o ciclo brusco de alta na transição turbulenta entre os governos FHC e Lula.
O ciclo atual é longo por ser ineficaz: a despeito da elevação das taxas, que estão entre as maiores do mundo, a inflação continua aumentando.
A tarefa do BC, no período, foi prejudicada pela expansão dos gastos do governo, que elevam o consumo e dão impulso aos preços. Além disso, a política monetária perdeu credibilidade por não se comprometer a cumprir a meta de inflação de 4,5% ao ano.
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