Após fim da CPMF, despesa do governo cresceu mais que a receita do tributo

Dinheiro Público & Cia

A piora das contas do governo federal desde a extinção da CPMF, o tributo cobrado sobre os débitos em conta corrente, está mais ligada à expansão de gastos públicos do que à falta de arrecadação.

Diante da atual penúria orçamentária, a administração petista mais uma vez fala na volta da contribuição sobre movimentação financeira. Mas os dados do Tesouro Nacional mostram que a alta das despesas supera em muito a queda das receitas desde 2007, último ano do “imposto do cheque”.

De lá para cá, os desembolsos com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos saltaram de 16,8% para o equivalente a 18,7% do PIB (Produto Interno Bruto, medida da renda nacional).

Acelerada nos últimos anos, a alta de 1,9% do PIB no período supera a arrecadação da CPMF, que tomava 1,3% da renda dos brasileiros -algo como R$ 74 bilhões em valores atuais.

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Já as receitas do Tesouro variaram bem menos: chegavam a 18,9% do PIB em 2007 e fecharam o ano passado em 18,4%.

Se o governo petista tivesse mantido as despesas estáveis como proporção da economia, a arrecadação de 2014 seria suficiente para um superavit de 1,6% do PIB. Hoje, a equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) eleva impostos e corta gastos em busca de um saldo de 1,2%.

Veja a evolução das receitas e despesas em valores corrigidos pela inflação:

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