Orçamento de 2016 prevê R$ 16 bi para reajuste e contratação de servidor
Polêmico por prever despesas superiores às receitas, o projeto de Orçamento federal para 2016 reserva R$ 16 bilhões para reajustes salariais e contratações de servidores públicos, a maior parte no Executivo.
Trata-se de mais da metade do deficit de R$ 30,5 bilhões estimado nas contas do Tesouro Nacional no próximo ano, excluindo do cálculo os encargos com juros da dívida pública.
O valor é semelhante, ainda, a todos os gastos projetados para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida -e supera com folga os R$ 11,2 bilhões esperados com o aumento de tributos.
Mesmo no atual estado de penúria orçamentária, o texto enviado ao Congresso propõe autorização para a contratação de 40,4 mil novos servidores, dos quais 25,6 mil no Executivo.
Ao todo, a administração federal conta com 844,3 mil servidores civis ativos.
Das despesas extras com pessoal, no entanto, a maior parcela, de longe, é composta por reajustes salariais e rearranjos nas carreiras dos três Poderes. São 14,4 bilhões, dos quais cerca de 80% no Executivo.
No documento relativo a essas despesas anexado ao projeto de Orçamento, não há um detalhamento dos custos dos reajustes por ministério.
Informa-se que os recursos estão reservados ao atendimento de propostas em tramitação no Congresso. A maior parte do funcionalismo federal obteve ganhos salariais abaixo da inflação no governo Dilma Rousseff.
Ao todo, estão previstos R$ 252,6 bilhões em gastos com pessoal no projeto orçamento de 2016, contra R$ 230,9 bilhões calculados para este ano.
A partir dos dados disponíveis, não é possível detalhar as demais causas da expansão projetada para esses encargos.
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