Congelar tabela do IR dá mais receita neste ano que reoneração da folha

Dinheiro Público & Cia

O governo Michel Temer (PMDB) vem desconversando sobre o que pode ser a principal medida para o aumento da arrecadação no ano.

Trata-se do congelamento da tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, que, de acordo com as previsões do Orçamento, deveria ser corrigida em 5% neste ano.

Desde 1996, quando as faixas do IR deixaram de ser corrigidas automaticamente pela inflação, a tabela acumula defasagem que eleva os valores devidos pelos contribuintes.

Sem a correção da tabela pela inflação, trabalhadores que receberam aumentos salariais -mesmo iguais ou inferiores à variação do custo de vida- passam a pagar mais.

Para zerar a defasagem, seria necessário um reajuste de 83,1% nas faixas do IR. Isso, evidentemente, não está em cogitação. Quanto à correção programada para este ano, o governo diz que não há decisão.

Pelas contas da Receita Federal, a correção da tabela programada para este ano reduziria a arrecadação em R$ 5,2 bilhões em 2017. É esse o ganho do governo, portanto, se optar pelo congelamento -pelo segundo ano consecutivo.

A eliminação parcial da desoneração das folhas de pagamento das empresas, em comparação, renderá R$ 4,8 bilhões até dezembro (a medida demorará pelo menos 90 dias para entrar em vigor).

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