Enquanto dispara o número de acidentes de moto, o caixa do governo engorda
Um governo onipresente nas relações econômicas e sociais acaba obtendo receitas de origens inusitadas. As vantagens e os perigos da motocicleta, por exemplo, estão engordando o caixa federal neste ano.
Todos os proprietários de veículos terrestres são obrigados a contratar um seguro oficial, conhecido como DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), que, em caso de acidente, indeniza as vítimas, motoristas, passageiros ou pedestres, sem apuração de culpa.
Da arrecadação do DPVAT, metade vai para o Tesouro Nacional _pela lei, para reforçar o atendimento médico e para campanhas de prevenção.
O modelo é antigo. A novidade é que, com a expansão acelerada da frota de motocicletas no país (resposta tanto aos problemas de mobilidade urbana como aos de baixa renda), o número de acidentes _ou pelo menos, o de indenizações_ está disparando.
No primeiro semestre deste ano, foram quase 300 mil casos, um crescimento de 38% sobre os números do período corresponte de 2012 e de 81% sobre os dos primeiros seis meses de 2011.
O aumento é puxado pelas indenizações por invalidez permanente, que dobraram em dois anos. As motos respondem por 70% do total de indenizações pagas nas três modalidades (morte, invalidez e despesas médicas).
Para os cofres do governo, há mais dinheiro. Até setembro, a receita do ano com o seguro obrigatório chegou a R$ 3,3 bilhões, um crescimento de quase 16% em relação ao ano passado. Nesse ritmo, arrecadação vai fechar o ano pela primeira vez acima dos R$ 4 bilhões.
Não é grande coisa diante das proporções do Orçamento federal. Mas, como a área econômica está disputando cada centavo na tentativa de fechar as contas de 2013, o DPVAT já foi contabilizado para melhorar o último relatório oficial de estimativas fiscais.
A longo prazo, no entanto, o aumento do número de inválidos por acidentes de trânsito eleva os custos da Previdência, como a Folha já mostrou.
Não importa que morram, fiquem inválidos, aumente os custos da previdência…fechando as contas em 2013 tá ótimo. Essa é a mentalidade desse governo. A eleição está proxima, espero alguma revolução…
É o Brasil, governo após governo sempre preocupado com seus jovens!
Para a PTralhada o inválido continua eleitor, é o que interessa. Aí entra o bolsa-tudo-vagabundo que garante eleição de qualquer PTralha no país todo.Projeto de poder eterno garantido
Politicos nao estao preocupados com a populaçao. Estao preocupado é com votos dos otarios que lhes dao emprego com 28.000 so de salarios e licença para entrar em negociatas. Essa conversa de distribuiçao de renda, bem estar social, defesa da sociedade, isso é so conversa fiada…O negocio deles é grana e emprego para amigos.
Observem que, de fato, se um carro bater em uma moto, o acidente entra nos 70%.
Triste
É a fúria fiscal de sempre, desde os tempos da Inconfidência Mineira, movimento que acabou por enforcar o Tiradentes. A incompetência administrativa a tocar governo, petista por acaso (por um poste), tem que elevar a carga tributaria para fazer frente a enorme gastança que já dura duas gestões e meia. A corrupção leva quase tudo. Para pagar esta conta, não importa mais a fonte, importa tão somente o dinheiro, seja lá qual for.
A arrecadação não está relacionada ao número de acidentes, mas sim ao número de veículos licenciados/emplacados. O aumento das indenizações vai dar margem a um aumento no valor do premio do seguro, pois as empresas seguradoras não perdem nunca.
O seguro obrigatório, criado por volta de 1966, teve por objetivo extingir o seguro incra e dar dinheiro para as famílias de militares apaniguadas, que até hoje nascem e morrem sem nunca trabalhar. Assim é fácil.
No mínimo deveria anistiar aqueles que contraram seguro particular.
Além de ser obrigatório, ainda consta como motivo para multa. O dinheiro entra no caixa sem qualquer esforço ou despêndio. É um verdadeiro tributo disfarçado.
Esses são os absurdos desse país.
Enquanto a Folha faz analogias falaciosas, o meu saco enche.
Entre os acidentes de motos, estão os moto boys que para cumprir horários exigidos pelas firmas arriscam suas vidas, entre os motociclistas que usam motos para trabalhos e para passeios os acidentes são bem menores .
E em Pernambuco, terra do Eduardo Campos, há um incentivo gigantesco para utilização das cinquentinhas, sem documentos, placas ou exigência de habilitação dos condutores. O governador até incentiva o uso, pois está apoiando a construção de uma fábrica destas porcarias no estado.
A arrecadação aumentou 16% em um ano pela expansão da frota, mas as indenizações (gastos) aumentaram entre 38 e 81%: os gastos cresceram mais rapidamente do que as receitas. Como isto vai contribuir para o superávite?
Luiz Paulo,
As indenizações são pagas por uma seguradora, não pelo Tesouro Nacional.
A grande vantagem do governo, é que um % do seguro DPVAT vai para o TN, tem até % para Associações de Diretores de Detrans. Muitos jovens sendo mortos de forma brutal nas avenidas e BR deste país, tudo isto associados a álcool, drogas, imprudência e outras formas. As motos é sem sobra de duvida a maior arma de extermino existente no país hoje.