Cresce diferença de qualidade entre gestões privada e pública de rodovias (e não é porque a primeira melhorou)

Dinheiro Público & Cia

A diferença de qualidade entre as rodovias entregues aos setor privado e as administradas por governos cresceu de 2010 para cá, ou seja, nos mandatos da presidente Dilma Rousseff e dos atuais governadores.

E não é porque as rodovias privatizadas melhoraram: segundo a avaliação anual da CNT (Confederação Nacional do Transporte), 84,4% delas estão em ótimo ou bom estado, ligeiramente abaixo dos 87,3% de três anos atrás.

Mas as rodovias geridas pela União e pelos Estados passaram por uma piora bem mais evidente.

Além de as estradas de boa qualidade terem caído de 32,4% para 26,7% (menos de um terço da aprovação das privatizadas), as avaliadas como ruins e péssimas cresceram de 30% para 34,9%.

Ao menos no caso das rodovias federais, uma das explicações é a queda dos investimentos públicos. Conforme o blog já noticiou, o volume de obras despencou no governo Dilma Rousseff.

Apesar de ter cultivado a fama de gerente de grandes projetos, a presidente não tem conseguido ampliar os gastos federais em infraestrutura, o que explica a decisão de acelerar o programa de concessões.

A administração petista começou a privatizar rodovias em 2007, no governo Lula, com a estratégia de privilegiar pedágios mais baratos _em contraposição às privatizações do governo tucano em São Paulo.

Mais caras para os usuários, as rodovias concedidas por Mário Covas no final dos anos 90 dominam amplamente o ranking de qualidade da CNT.

Das 20 melhores ligações rodoviárias, todas estão sob gestão privada e 18 envolvem estradas paulistas. A via Dutra, privatizada por FHC, aparece em 8º; o trecho que vai de Arapongas (PR) a Curitiba, concedido por Lula, fica em 20º.

Ver também: Mesmo incluída no PAC, BR-163 não melhorou

Clique aqui para ver as pesquisas da CNT.

Comentários

  1. A gerente dos grandes projetos não moderniza, não paga bem e não está nem aí para o principal executor das obras federais: o DNIT.

    Enquanto isso…

  2. A CNT utiliza o subterfúgio “pública” para colocar na “conta” federal as mazelas das estradas estaduais. Em toda a pesquisa CNT sempre são acrescidas “novas” estradas “publicas” para que as melhorias nas federais não apareçam! O que é chocante para mim é que as de Gestão Privada (pagas) não sejam 100% isso sim é um descalabro! Agora, cadê o destaque das federais apenas, eles não dão? E porquê? Clésio Andrade é opositor do governo, prepara a pesquisa do jeito que é melhor. Qualquer pessoa que anda em estradas federais vê nitidamente a melhoria das vias, já as estaduais, inclusive de SP, GO, PR, PA, SC, MG, todos estados governados pelo PSDB…

    1. Chora diante da verdade esquerdista… Não interessa se é federal ou não, não aparece uma pública entre as 20 melhores. Acorda pra vida, em qualquer lugar do mundo só a concorrência e a iniciativa privada trazem avanços. Governo sempre existiu para atrasar. É um mal necessário que tem que existir ao seu mínimo. Mínimo de governantes, mínimo de leis, mínimo de impostos possíveis para garantir que não haja Imposição do mais forte no mais fraco, esse é seu único papel, não fazer estradas de merda.

  3. Não é só as estradas que pioram, tudo que é público num todo, os cUmpanheiros, sabem apenas colher !!

  4. A presidenta deve ser católica e não, atéia, pois adora fazer promessas, tipo:construirei 800 aeroportos. Construirei 1 milhão de casa populares. Construirei 6 mil creches.Construirei 1.000 escola ecológicas e por aí vai
    Como não cumprirá mesmo essas metas, resolveu privatizar o que pudesse colocando o carinhoso nome de CONCESSÃO.

  5. Devido ao grande número de petistas e da “base alugada” envolvidos em falcatruas ,já sendo processados, e muitos já presos, a governanta vai criar um novo programa, que se chamará : “minha cela minha vida”, a fim de dar mais conforto aos “cumpanhêros”.

  6. Acho que esses dados foram tirados por relatórios de mesa. As rodovias estão ridículas. Não tem fiscalização de qualidade e nem de entrega. Nossas rodovias são um lixo, inclusive das concessionárias a qual está sempre em reforma.

  7. As rodovias das concessionárias não tem qualidade. Hoje não se usa nem a brita 2 apenas pedrisco. Rodovia do DER duravam de 2 a 4 anos, hoje não duram 6 meses.

  8. Infra-estrutura no Brasil é retorno ao século 18. Um desastre, portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias, saúde, educação, saneamento, a gerentona do famigerado PAC, sequer fiscaliza obras quaisquer, tanto, que a maioria nem saiu do papel, enquanto outras pararam no meio e os espertalhões levaram a grana. Infelizmente esse é o retrato de um país que caminha, sobre os auspícios do PT, para o fundo do poço do terceiro mundo.

    1. O senhor deve ser bem jovem. Todos esses itens que está dizendo que retornaram ao século passado estão muito menos piores do que eram há 10 anos. Se é jovem não tem a menor ideia de como eram. Talvez não saiba que antes do PT, que o senhor felizmente parece odiar, há mais de 25 anos nada se fazia pela infraestrutura. Agora se não é jovem os motivos devem ser outros. E aí peço desculpas pela intromissão.

  9. Inventaram um monte de impostos que era para melhorar as rodovias e até hoje não se sabe quanto se arrecada e nem onde é aplicado. Raramente se vê a construção de uma nova faixa, quando acha é porque faz mais de ano que estão construindo. Sem falar de rodovias do interorzão de SP que tem pedágio e num tem 2 km de pista dupla, apenas 400m de faixa auxiliar.

  10. Quando não se tem mais condições de trafegar pela rodovia é que vai se achar algum modo de ampliação. É um absurdo sair de Belo Horizonte com destino à Vitória numa pista com raras partes com faixa auxiliar, onde todo dia tem acidente. Como falar em país desenvolvido, ou ainda, em estado desenvolvido.

  11. Ando em estradas de PA, BA, GO, TO, MG, PR, SP, MS, MT, RO, DF há 39 anos. Na média nunca estiveram em tão bom estado, embora estejam ainda longe do ideal. A matéria só engana os mais jovens que não têm ideia de como era isso. De 2003 para cá a melhoria nas estradas federais é muito grande. As estaduais variam de qualidade dependendo da UF. Em relação ao que eram em 2002 a BR-163 e a BR-230 avançaram muito. Parece que a ideia do jornalista foi escolher os pontos ruins para destacar. Nenhuma novidade. Tarefa de jornalista é essa mesmo. Uma pena!!! E ainda se esforçou para justificar os pedágios absurdos de São Paulo.

  12. Só faltou ao autor dizer que as estradas do Covas tem média de pedágio de R$ 7,00 por 30km ou R$ 18,67 por cada 80 km, enquanto a Fernão Dias cobra R$b 1,40 por cada 80 km, ou seja, as do Covas cobram SIMPLESMENTE 1290% A MAIS. Resta ao leitor pensar se prefere uma estrada com pista dupla e acostamento pagando 1,40 ou com três pistas pagando quase vinte reais a cada 80km!!!!!!!!

    E concordo que as estradas federais melhoraram mesmo…mas esta informação está incompleta, dificil de refutar.

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