Temor de alta de tarifa pública pós-eleição eleva projeções de inflação

Dinheiro Público & Cia

Até aqui responsáveis por manter a inflação abaixo do teto anual de 6,5%, as tarifas públicas e outros preços monitorados pelo governo agora alimentam o pessimismo dos especialistas com o futuro próximo.

Como o represamento das tarifas vem provocando perdas para os cofres federais, estaduais e municipais, calcula-se que haverá reajustes mais fortes daqui para a frente.

Pela tradição nacional, correções desse tipo, impopulares, costumam ser deixadas para depois das eleições -pelo menos a maior parte delas.

Os preços administrados pelo poder público subiram apenas 1,5% no ano passado, atenuando o impacto do encarecimento de 7,3% dos demais produtos e serviços.

Para este ano, a expectativa dos analistas de mercado para a alta dos preços monitorados já foi elevada de 4% para 4,7%. Para 2015, de 5% para 6% -a mesma projeção para o IPCA integral.

As tarifas já estão em alta por causa dos aumentos das contas de luz. Com a alta do consumo e a escassez de chuvas, nem os subsídios de R$ 13 bilhões do Tesouro Nacional evitam os reajustes.

Mas há outros preços à espera de um aumento, como os da gasolina e do transporte público.

No primeiro caso, o controle de preços tem prejudicado a Petrobras, cujo valor de mercado despencou nos últimos anos.

No segundo, as passagens de ônibus e metrô são subsidiadas a custos crescentes por Estados e municípios, que com isso perdem recursos para investimentos.

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Comentários

  1. Gustavo, não sei sua idade. Em abril de 64 tinha 10 anos de idade. A única lembrança que tenho é da minha mãe buscar-me no “Grupo Escolar”. As aulas foram suspensas. Aí deu no que deu. Fique claro que nunca tive problema com o regime. A impressão que tenho hoje(por aquilo que li e me foi passado) é que o caldo que originou tudo no passado, está em estado avançado. Já se ouve alguns segmentos da sociedade apoiando algum tipo de providência.( se é que me entende). Analisar os efeitos é importante (é o que voce e a maioria dos economistas fazem). Mas é preciso coragem e discernimento para apontar as causas. Depois de nada adiantará chorar o leite derramado e daqui há 20/ 30 anos surgirem as Comissões Disso – Daquilo.

  2. E, pelo andar da carruagem, tudo indica que o IPCA não vai esperar junho para estourar o teto da meta e pode estourar JÁ NESTE MÊS DE ABRIL; no máximo (ou na melhor das hipóteses) podemos esperar o estouro para MAIO.
    E isso não é politiquês e nem economês … é ARITMÉTICO, e não tem dilmês ou manteguês que mude isso.
    Como a inflação de abril/2013 foi de 0,55%, qualquer número acima disso neste mês irá empurrar o acumulado de 12 meses para mais perto do teto da meta; bastará uma inflação de 0,88% em abril para o IPCA cravar já neste mês a marca de 6,50% no acumulado de 12 meses.
    Qualquer número acima disso e já teremos um estouro do teto neste mês.
    Importante ressaltar que, no período de maio a setembro de 2013, os índices apurados foram de 0,37%, 0,26%, 0,03%, 0,24% e 0,35% – uma sequência bastante comportada, difícil de se repetir nos próximos meses deste ano.

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